- Com autoproclamação de Napoleão, em 1799, como 1.º imperador dos franceses, a Europa atravessa um período conturbado. A situação política em Portugal reflete, pois, decisões estrangeiras
- Intimado por Napoleão a declarar guerra à Inglaterra, em 1805, o Governo Português tenta contemporizar, fechando os portos às mercadorias, mas não hostilizando os ingleses residentes.
- Forçado a aderir ao bloqueio continental, em 1807, Portugal sequestra alguns bens ingleses, apesar de
permitir a livre circulação dos produtos. A dubiez do Governo desencadeia a ira de Napoleão, que, nesse mesmo ano, conclui um tratado com Espanha e exclui Portugal do mapa europeu. Para a execução do tratado, o imperador francês envia Junot para o nosso país. O príncipe regente, D. João, a conselho do Governo Inglês, abandona Portugal e refugia-se no Brasil.
- Após as batalhas de Roliça e do Vimeiro, em 1808, Wellesley derrota as tropas francesas, as quais são
autorizadas a sair do país com todos os despojos de guerra. Um ano depois, em 1809, Soult invade, pela 2.ª vez, Portugal, e novamente Wellesley e Beresford rechaçam o exército invasor. Massena será o último representante napoleónico a tentar conquistar Portugal.
- Em 1810, as tropas invasoras são derrotadas nas batalhas do Buçaco e de Linhas de Torres. Com a rendição da guarnição francesa, o exército francês abandona, definitivamente, o país.
- A corte estava ausente (o rei encontrava-se no Brasil) e a administração do reino fora entregue a uma tríade
governativa (D. José António de Meneses e Sousa Coutinho, D. Miguel Pereira Forjaz e William Beresford).
Mas o país era palco de descontentamento, motivado não só pela ausência da corte, como também pelas
dificuldades acrescidas advindas da guerra.
A contestação ao governo “fantoche” liderado por Beresford e a pesada carga onerosa para a manutenção
da corte e do rei, entretanto aclamado (em 1816) em terras estrangeiras, geravam a desconfiança e o desagrado de um povo, que, mais uma vez, se sentia abandona à sua triste sorte.
A passividade e o clima de suspeição que se sentia propiciaram as ideias de conjura e a procura de um líder. Amado pelo povo, respeitado pelos amigos e odiado pela classe governativa, Gomes Freire é escolhido como elemento sacrificial, não pelas ações que comete, mas pelo perigo que representa.

que é diferente do TEMPO DA ESCRITA, embora entre ambos haja um paralelismo histórico, quer em
relação ao estado do país, quer em relação à política vigente.
Retirado de: http://ciberjornal.files.wordpress.com/2009/01/ficha-inform-sobre-contextualizacao-historico-social-felizmente-ha-luar.pdf
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