O teatro épico é produto do forte desenvolvimento teatral na Rússia, após a Revolução Russa de 1917, e na Alemanha, durante o período da República de Weimar, tendo como seus principais iniciadores o diretor russo Meyerhold e o diretor teatral alemão Erwin Piscator. Nesse tempo, as cenas épicas alemãs recebiam o nome de cena Piscator, dado o extensivo uso de cartazes e projeções de filmes nas peças dirigidas por Piscator. No entanto, o grande propagandista do teatro épico foi Bertolt Brecht.
O crítico norte-americano Norris Houghton afirma que Brecht e Piscator aprenderam o teatro épico de Meyerhold e que nós o conhecemos através de Brecht.
Teatro Épico (drama não aristotélico)
- Deseja provocar uma atitude socialmente empenhada, visando a transformação da sociedade.
- Rejeita a cartase.
- O espetador deve ser desligado da ação, criando-se o efeito de distanciação.
- Valoriza a narrativa – o espetador ouve a narração dos acontecimentos.
- O espetador deve refletir, ser crítico.
- O espetador é ativo, estimulando a sua capacidade de observação e de raciocínio.
- O espetador recordará para sempre a mensagem da obra.
- O ator demonstra ação.
Encenação do Teatro Épico
- O encenador deve utilizar uma vasta variedade de efeitos para que os espetadores desenvolvam as suas capacidades de reflexão.
- A história estrutura-se por uma sucessão de situações; o décor, sonoridades e coreografia são independentes, tal vista a impedir a criação da ilusão da realidade; os gestos, os aspetos fisionómicos, os comportamentos, a entoação constituem o que Brecht denominava, no seu conjunto, por “gestus”, isto é, as atitudes marcantes do ser humano.
- No palco, todas as formas de criar ilusão devem ser banidas, como, por exemplo, o uso de cortinas. Assim, as cenas são exuberantemente iluminadas.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Teatro_%C3%A9pico
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